domingo, 19 de junho de 2011

Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo


Ivar Pavan, Secretário Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo
Dando sequência a série de entrevistas com secretários (as) e lideranças do governo do Estado, para edição de nº 14 do Boletim Informativo do PT, falamos com o responsável pela secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo Ivar Pavan. A secretaria foi criada pelo governo da Unidade Popular e é responsável por projetos que vão desde o combate a pobreza extrema no meio rural até a potencialização da produção de peixe de água doce, que o RS é o maior criador do Brasil, mas que ainda não supre o consumo regional. Ivar também adiantou, que a partir de julho, serão anunciadas políticas de desenvolvimento para as cooperativas.
Boletim Informativo: – Nas propostas do governador Tarso Genro, durante a campanha 2010, estava “o RS precisa crescer no ritmo do Brasil”, a criação da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e cooperativismo reforça este compromisso?
Ivar Pavan: – Sim. Porque ter uma secretaria que objetivamente trata da agricultura familiar e uma que trata o agronegócio, a secretaria da Agricultura, permite priorizar o desenvolvimento social, a produção de origem familiar, na recuperação dos assentamentos, da inclusão de 135 mil famílias de agricultores que recebem o Bolsa Família, trazendo para a inclusão produtiva com programas específicos para o perfil de cada situação do campo.
BI: - Os números da agricultura familiar no Rio Grande do Sul são fortes, sua produção representa 27% do PIB gaúcho. A secretaria foi criado pensando nesta realidade?
Ivar Pavan: – Praticamente, mas a secretaria é mais que isso. Ela é o estado incentivando a agricultura familiar, assentados, índios e quilombos, pescadores e cooperativas. Faz o papel incentivador da inserção dos setores produtivos gaúchos no mercado, estimulando as Cooperativas e a produção rural, entre outros setores. Portanto, a secretaria está desenvolvendo políticas e programas que garantam o fomento, as linhas de crédito, os financiamentos e a divulgação dos empreendimentos já existentes e para novos investimentos, incentivando o enorme potencial da agricultura familiar, das cooperativas, da economia popular do estado, articulando a malha e as cadeias produtivas locais.
BI: - É a primeira vez que o RS tem uma secretaria voltada a pesca, já era tempo?, já que o RS tem grande potencial hídrico, de rios, lagoas, e litoral. É importante criar mais este braço de apoio ao desenvolvimento do setor?
Ivar Pavan: – O governo do Estado se inspirou no governo federal, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, e da Pesca. A nossa piscicultura tem um potencial de crescimento e diversificação. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de peixe de água doce do Brasil, mesmo assim não consegue abastecer o nosso mercado. A secretaria está trabalhando para criar condições da ampliação desta produção, usando a transversalidade com projetos de outras secretarias como de meio ambiente, infraestrutura e tecnologias.
BI: – A manutenção dos jovens no campo passa por incentivos não só econômicos, mas também pela criação de escola técnicas e superiores, do acesso a novas tecnologias, estradas e serviços essenciais. O problema foi altamente discutido no período anterior a campanha, quando governador Tarso Genro realizou as caravanas pelo estado debatendo os problemas do Rio Grande com os gaúchos. A secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo trabalha com esta perspectiva?
Ivar Pavan: – Pensar desenvolvimento sem infraestrutura como estradas, energia, internet, educação para a juventude do campo, não é possível. O campo não pode ser um espaço apenas de trabalho, de negócios, mas um espaço de vida, com qualidade, com todas as possibilidades de educação, lazer, crescimento e desenvolvimento sustentável.
A secretaria tem vários programas e projetos para o meio rural como o Combate a Pobreza extrema do campo com a inclusão produtiva, diversificação para nossa bacia leiteira, para a fruticultura. Na irrigação, estamos trabalhando com o uso múltiplo da água, na criação de peixes, açudes, para o consumo animal, na adequação das propriedades com o meio ambiente; na distribuição de energia – metade de nossos agricultores não consegue expandir por falta de energia -; na atualização da tecnologia, inclusão digital. Para as cooperativas, estamos trabalhando um conjunto de políticas de desenvolvimento que deverão ser anunciadas a partir de julho deste ano.

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