domingo, 14 de agosto de 2011

Dilma minimiza reação contra Amorim: “Militares são disciplinados”


Em entrevista à revista CartaCapital desta semana, a presidenta Dilma Rousseff classificou como irrelevantes as especulações de que as alterações no Ministério da Defesa teriam gerado desconforto nas Forças Armadas. Além de comentar os recentes casos de corrupção nos ministérios, a presidenta também fez análises a respeito da crise econômica mundial. A íntegra da entrevista estará circulando nas duas próximas edições da revista.
Dilma negou que tenha sido obrigada a acalmar os comandos militares por causa da nomeação do ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa. Sobre as notícias de um suposto desconforto nas Forças Armadas, a presidenta perguntou: “É algo relevante?”. E completou: “Não é. Não estamos mais na época das vivandeiras dos quartéis. As Forças Armadas são disciplinadas. A subordinação do poder militar ao civil foi uma conquista da sociedade brasileira”.
A presidenta negou-se, porém, a comentar a maneira com que Nelson Jobim cavou sua demissão do governo. Em uma das raras menções indiretas ao ex-ministro, demitido na semana passada, afirmou que ninguém é ou pode se achar insubstituível. “Nem na monarquia era assim. Rei morto, rei posto”. Ainda a respeito da troca na Defesa, Dilma disse ter “certeza absoluta” de que Amorim será um extraordinário ministro e que sua gestão vai ser capaz de avançar na modernização tecnológica das Forças Armadas.
Na entrevista, Dilma reforçou o compromisso com a criação da Comissão da Verdade. “Vamos criá-la. Queremos que seja unânime nas bancadas do Congresso. Não há motivo nenhum para o PSDB e o DEM não a aprovarem. Não é algo que pode ser visto partidariamente, é uma dívida que temos”, declarou.
A entrevista foi concedida antes da operação da Polícia Federal no Ministério do Turismo mas, sobre outras denúncias de corrupção no governo federal, Dilma afirmou que não pretende se pautar pela mídia. “Afastamos as pessoas quando achamos que o caso era grave. Não acho que somos pautados pela mídia em nenhum desses casos. Nem na história dos Transportes, nem da Agricultura ou de qualquer outro caso que por ventura ocorra, não temos o princípio de ficar julgando as pessoas, fazendo com que elas provem que não são culpadas”, afirmou Dilma.
Com informações da CartaCapital

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