quinta-feira, 22 de março de 2012

Irresponsabilidade, silêncio e amnésia


Por definição, irresponsável é quem não responde por seus atos.
O deputado estadual Marco Peixoto (PP), indicado para assumir a vaga de João Luiz Vargas no Tribunal de Contas, enquadra-se nesta categoria ao não responder perguntas sobre seu próprio comportamento como parlamentar.
Na “sabatina” realizada na Assembléia para avaliar sua capacidade para assumir uma vaga no TCE, Peixoto manteve-se calado quando perguntado sobre presentes que teria recebido, conforme mostraram gravações de conversas que manteve com investigados e acusados de participar de um esquema de corrupção no Estado. Um livro, cadernos, uma ordem de comendador…Silêncio. Nada a declarar.
A base do governo Yeda Crusius (PSDB) garantiu a indicação de Peixoto ao TCE no plenário da Assembléia.
Alguns dias depois, surge uma nova denúncia, conforme reportagem do jornalista Giovani Grizotti, na RBS TV. Uma ex-cunhada de Peixoto afirma ser laranja do deputado em uma empresa da família do mesmo. Indagado sobre um empréstimo de R$ 148 mil que teria feito para a empresa, o parlamentar trocou o silêncio pela amnésia, dizendo que não se lembrava da operação.
Irresponsabilidade, silêncio e amnésia não são exatamente práticas que se esperam de um conselheiro de um Tribunal de Contas. Em tese, é claro…

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