sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ninguém consegue acalmar o PDT

                Fracassou a missão do presidente do PDT, Carlos Lupi, que veio ao Estado para tentar acabar com a animosidade entre os defensores da candidatura própria e o grupo que quer a aliança com o governador Tarso Genro. As divergências se aprofundaram e evoluíram para acusações de pressão sobre os prefeitos para apoiar a reeleição de Tarso.
Lasier Martins, que deixou as atividades jornalísticas para se filiar e ser candidato ao Senado, se declara decepcionado, mas diz que não acredita em derrota da candidatura própria na pré-convenção de 7 de dezembro.
           – A divisão é pequena. É um grupo de CCs comandado por alguns secretários e deputados. Os CCs estão indignados porque podem perder cargos – desdenha.
Lasier diz que a foto dos dissidentes, publicada terça-feira na Página 10, “mostra CCs arrastados para fazer número” e que “a tese da aliança com o PT não é unanimidade entre os prefeitos”:
            – O governo está tentando seduzir os prefeitos dando algumas migalhas, mas tem prefeito que me liga e diz que não aguenta mais a pressão para mudar de lado.
              Na terça-feira, Lupi se reuniu com 24 prefeitos. Apenas três defenderam candidatura própria. O presidente Romildo Bolzan não se surpreendeu com a veemência dos que argumentaram em favor da aliança, porque são ligados ao secretário Afonso Motta, líder da ala tarsista.
            Ontem pela manhã, Lupi e Romildo se reuniram com Tarso no Piratini e ouviram do governador que ele deseja uma aliança com o PDT, mas respeitará a decisão do partido. Tarso voltou a oferecer a vaga de vice e mais espaço no governo. Durante 10 minutos, conversou a sós com Lupi. Depois da audiência no Piratini, Lupi insistiu na importância da candidatura própria e foi ao encontro de Lasier para tentar acalmá-lo. O jornalista reafirmou que só disputará o Senado se o PDT tiver candidato ao Piratini.
         Lupi tentou convencer os colegas a transferirem a pré-convenção de 7 de dezembro para março, mas não conseguiu. O grupo ligado ao governo, que defendia a transferência, agora avalia que cresceram as possibilidades de vencer no voto e quer ampliar a mobilização nas próximas semanas.
ROSANE OLIVEIRA.

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